domingo, 10 de outubro de 2010

A Tábua


A tábua.



Era uma vez um garoto que tinha um temperamento muito explosivo.
Um dia ele recebeu um saco cheio de pregos e uma placa de madeira. O pai
disse a ele que martelasse um prego na tábua toda vez que perdesse a
paciência com alguém.
No primeiro dia o garoto colocou 37 pregos na tábua. Já nos dias seguintes,
enquanto ele ia aprendendo a controlar sua raiva, o número de pregos
martelados por dia foram diminuindo gradativamente.
Ele descobriu que dava menos trabalho controlar sua raiva do que ter que
ir todos os dias pregar diversos pregos na placa de madeira...
Finalmente chegou um dia em que o garoto não perdeu a paciência em
hora alguma. Ele falou com seu pai sobre seu sucesso e sobre como estava
se sentindo melhor em não explodir com os outros e o pai sugeriu que ele
retirasse todos os pregos da tábua e que a trouxesse para ele.
O garoto então trouxe a placa de madeira, já sem os pregos, e entregou a
seu pai. Ele disse, Você está de parabéns, meu filho, mas dê uma
olhada nos buracos que os pregos deixaram na tábua, a tábua nunca mais será como antes.
Quando você diz coisas estando com raiva, suas palavras deixa marcas
como essas. Você pode enfiar uma faca em alguém e depois retirá-la. Não
importa quantas vezes você peça desculpas, a cicatriz ainda continuará lá.
Uma agressão verbal é tão ruim quanto uma agressão física. Amigos são como
jóias raras. Eles te fazem sorrir e te encorajam para alcançar o sucesso.
Eles te emprestam o ombro, compartilham dos teus momentos de alegria, e
sempre querem ter seus corações abertos para você.

Autor desconhecido.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

O Rei e o Falcão


O rei e o falcão
Conta a lenda que, certa manhã, o guerreiro mongol Gengis Khan e sua tropa saíram para caçar. Enquanto seus companheiros levavam flechas e arcos, Gengis Khan carregava apenas seu falcão favorito no braço. O animal era melhor e mais preciso que qualquer flecha, porque podia subir ao céu e ver tudo o que o ser humano não conseguia ver.
Entretanto, apesar de todo o entusiasmo, o grupo não conseguiu encontrar nada. Decepcionado, Gengis Khan voltou para o acampamento. Mas, para não descarregar sua frustração em seus companheiros, separou-se da comitiva e resolveu caminhar sozinho.
Gengis Khan permanecera na floresta mais tempo que o esperado e estava extremamente cansado e com muita sede. Por causa do calor do verão, os riachos estavam secos. Ele não conseguia encontrar água para beber, até que avistou um fio de água descendo por um rochedo bem à sua frente. Na mesma hora, retirou o falcão do braço e pegou o pequeno cálice de prata que sempre carregava consigo. Era apenas um fio de água que corria pelo rochedo, por isso ele demorou um longo tempo para ele conseguir encher o cálice. Mas quando estava prestes a levá-lo à boca, o falcão levantou voo e arrancou o copo de sua mãos, atirando-o longe.
Gengis Khan ficou furioso, mas era seu animal favorito, talvez também estivesse com sede. Apanhou o copo, limpou a poeira e tornou a enchê-lo. Após outro tanto de tempo, com a sede apertando cada vez mais e com o cálice já pela metade, o falcão o atacou novamente, derramando o líquido.
Gengis Khan adorava seu animal, mas sabia que não podia deixar-se desrespeitar em nenhuma circunstância, já que alguém podia estar assistindo à cena de longe e mais tarde contaria aos seus guerreiros que o grande conquistador era incapaz de domar uma simples ave.
Desta vez, tirou a espada da cintura, pegou o cálice, recomeçou a enchê-lo. Manteve um olho na fonte e outro no falcão assim que viu ter água suficiente e quando estava pronto para beber, o falcão de novo levantou voo e veio em sua direção Gengis Khan, em um golpe certeiro, atravessou a espada no peito do falcão, matando-o.
Ele retomou o trabalho de encher o cálice. Mas o fio de água havia secado. Decidido a beber aquela água de qualquer maneira, Gengis Khan escalou o rochedo em busca da fonte. Para sua surpresa, havia realmente uma poça de água e, no meio dela, morta, uma das serpentes mais venenosas da regia-o Se tivesse bebido a água, teria morrido imediatamente.
Gengis Khan voltou ao acampamento trazendo o falcão morto nos braços e dizendo para si mesmo:
- Hoje aprendi uma triste lição! Muitas vezes nos precipitamos em julgar e agir, ferindo assim a quem mais nos ama e chega a dar a sua vida por nós...
Ele mandou fazer uma reprodução em ouro da ave e gravou em uma das asas:
"Mesmo quando um amigo faz algo que você não gosta, ele continua sendo seu amigo."
E, na outra:
"Qualquer ação motivada pela fúria é uma ação condenada ao fracasso, pois nem sempre o que parece ser, realmente é!"

Autor desconhecido

Do livro: Valores Humanos – a revolução necessária
Izabel Ribeiro
All Print Editora